A literatura não é feita de papel,
é feita de palavras
Um pedaço de barro, a pedra, o papiro, a tábua rasa, o papel, o computador, o tablet, o telemóvel e muitos outros são meios de transmissão da simples mensagem à grande literatura ou conhecimento mais elaborado e criativo.
Como disse Chris Meade, na IV Conferência Internacional de Leitura, realizada na Gulbenkian este mês, "finalmente [com a Web], aquilo de que falávamos quase como uma metáfora, de que ler era uma actividade criativa em que estávamos empenhados, passou a ser uma realidade (...) a primeira vez que se lê um livro num ecrã, (...) percebemos intensamente que o livro não é um objecto. É uma experiência, acontece no nosso coração. A literatura não é feita de papel (...). De repente, a literatura ocupa o palco principal. Se queremos chegar às gerações mais novas, em qualquer parte do mundo, temos dee perceber que elas estão a olhar para um ecrã: têm um telemóvel nas mãos e estão a olhar para ele. Se queremos chegar às pessoas, é no telemóvel que devemos coclocar os conteúdos (...). Chegou portanto a altura de criar novos livros" (adaptado das citações que Isabel Coutinho faz na revista "Única" de 24 de Outubro de 2010).